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quinta-feira, 31 de maio de 2012

A ciência dos preços - Como os pesquisadores descobrem nossos pontos fracos e "o quê" fazem para esvaziar nosso bolso.

Como os pesquisadores descobrem nossos pontos fracos e "o quê" fazem para esvaziar nosso bolso:

Hoje a noite, na terceira aula na igreja São Charbel em Campinas, vamos explicar sobre as planilhas de finanças pessoais com calma e responderei as perguntas. Se quiserem enviar por e-mail podem fazê-lo.
Também falaremos da psicologia humana na hora do compra.
Chamo de "Ciência dos preços" ou seja:
Como os pesquisadores descobrem nossos pontos fracos e "o quê" fazem para esvaziar nosso bolso.
Descobri que quando o consumidor se conscientiza do truque se torna mais difícil ser pego. Portanto é importante saber.
A ancoragem é comum em lojas chiques e restaurantes caros.
O Serendipity 3, de Nova York, tem no cardápio um sundae que custa R$ 1 580 bem perto de um cheesecake oferecido a R$ 35. Assustado? Eles colocaram outro Sundae que faz o de R$ 1.580 caber no seu bolso. Bela estratégia para convencer a clientela veja:

O restaurante Serendipity 3, em Nova York, é o único lugar do mundo em que se pode saborear um sundae de chocolate preparado com um mix de 28 tipos de cacau caros e refinados, guarnecido com folhas comestíveis de ouro.
Numa taça de cristal Bacarat e colher de ouro com Brilhantes.
A sobremesa, batizada de Frozen Haute Chocolate, é o doce mais caro do mundo, a um preço de US$ 25 mil, equivalente a R$ 43,8 mil.
O jornal daily mail publicou que o restaurante Serendipity 3, de Nova York,
oferece há quase oito anos a sobremesa mais cara do mundo a seus clientes.

Após muitos desejarem o primeiro, criaram o segundo sundae com o velho e bom truque da ancoragem, explicado no nosso tópico "a ciência dos preços"; a empresa criou uma versão que cabe no bolso da maioria, pela bagatela do novo preço não linear.
 Batizado de Grand Opulence Sundae, o sorvete custa mil dólares, ou seja, quase R$ 2 mil.
Caso você esteja se perguntando se a sobremesa é feita de ouro, a resposta e é sim! e leva em sua composição 3 bolas de sorvete de creme taitiano, acompanhado de baunilha de Madagascar, e folhas de ouro suíço comestível de 23 e 24 quilates.
Além disso, o Sundae é servido em uma taça de cristal com frutas confeitadas de Paris, pedacinhos de chocolate Amedei Porceleana e Chuao — extremamente caros e raros — e Grand Passion Caviar, um tipo de caviar norte-americano feito com uma infusão de laranja, maracujá e Armagnac.

O sorvete é saboreado com uma colher de ouro de 18 quilates, e é necessário fazer o pedido com dois dias de antecedência, devido à necessidade de importar a maioria dos ingredientes. Mais de 200 Grand Opulence Sundae já foram vendidos desde o lançamento, e normalmente é comprado por namorados como forma de impressionar as garotas. Imagine que loucura!!!
Já pegaram 200 pessoas com a novidade.
Com o dia dos namorados chegando, NÃO fica a dica!
É melhor pensar em outra coisa.
 Ah! o detalhe do desenho na colher.
Mas esta colher é do sundae mais caro.
Seria o DEUS MAMOM?

terça-feira, 29 de maio de 2012

A ciência dos preços - segunda parte


A ciência dos preços:
Revista superinteressante – ago 2011 – texto Felipe Van Deursen

(ou o quanto somos despreparados)

Todo mundo sabe que promoções

 são truques para nos fazer gastar

 mais e que preços terminados

em “99” são tática manjada.

Mas a verdade é que elas – e tantas outras – funcionam e nos fazem comprar mais, consumir mais. E nos deixam mais “felizes”. Vamos entender por quê?
A Williams-Sonoma, rede de lojas americana especializada em produtos para a cozinha, vendia uma máquina de pães por US$ 279. Foi um fracasso. Mesmo assim, lançou uma nova versão, pouco maior, a US$ 429. Novo fracasso. Mas algo curioso aconteceu: a partir de então as vendas do aparelho de US$ 279 dobraram. Isso é o que consultores de preço chamam de ancoragem, fenômeno em que, ao estimar o valor numérico de algo, as pessoas são inconscientemente influenciadas por outros números relacionados. Quer dizer, um eletrodoméstico custar US$ 279 pode soar extravagante. Mas, se o consumidor sabe que a versão um pouco maior é mais de 50% mais cara, o preço fica mais interessante.

A ancoragem foi descoberta em 1974 pelos psicólogos Amos
Tversky e Daniel Kahneman - que chegaria a ganhar o Nobel de economia. "Kahneman contestou a teoria do Homo economicus, ser racional que sempre pensa em como maximizar seus interesses", diz Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios.
"Pessoas não são tão racionais assim ao comprar."


Voltando à Chanel: em 2007, ela lançou
uma bolsa de couro de jacaré, toda traba-
-lhada em diamantes e ouro. Um luxo. Preço: US$ 260 mil. Perto dessa, a 2.55 - que além de tudo é um clássico da moda, com sua alça de corrente mundialmente imitada - vira pechincha.

A ancoragem é comum em lojas chiques e restaurantes caros. O
Serendipity 3, de Nova York, tem no cardápio um sundae que custa R$ 1 580 bem perto de um cheese cake
oferecido a R$ 35. Bela estratégia para convencer a clientela, enquanto espera uma celebridade aparecer no restaurante, a pagar pela sobremesa quase o preço de um prato principal.


Mas não é só lugar badalado que usa e abusa da psicologia dos preços. O prato-feito da esquina também. Muitas vezes ele o induz a escolher exatamente aquilo que quer que você escolha. Pense em um filé com fritas. Pequeno, R$ 15; médio, R$ 20; grande, R$ 22. Se a fome for grande, você tenderá a escolher o maior prato porque proporcionalmente ele é mais barato. O restaurante pode cobrar menos, pois a quantidade de comida no prato não interfere tanto assim no custo (há outras partes envolvidas, como mão de obra, energia elétrica, gás, água etc.). Cobrando menos, o restaurante o leva a pedir logo o maior prato. É o chamado "menu induzidor", que faz parte de um conceito largamente usado para conquistar o consumidor: o preço não linear.